Não sou naturalmente habitável.
Mesmo assim, insisto em ser passageiro de mim.
Passei a não me considerar confiável para nutrir seres dentro de meu habitat particular, o clima dentro dele sempre enlouquece, sou um Desconstrutor Climatológico Compulsivo (DCC). Meu peito é sem jeito. Os seres saem, saem assim sem prazer, sem pra que, tanto faz.
Mas às vezes me creio, creio em minha voz a me dizer para ser perfeito até onde der, enquanto der, e por quem der. E quando alguém cai em mim, e eu me amedronto com a possibilidade de não sobrevivência, de tempestades subtropicais destruindo sólidas ou frágeis estruturas construídas as pressas, é quando tenho que escolher novos rumos para as coisas, novos refúgios para mim mesmo.
E tem mais, tem muito mais, acho que já passei do tempo para isso. Meu mundo particular envelheceu antes da hora, não que me ache velho, mas parece que o espelho anda ficando velho. Enquanto eu caminho na direção do tempo, o espelho corre, leva o velocímetro ao limite e eu o observo. Olhar meu espelho é como olhar alguém que envelheceu antes do tempo. O espelho envelheceu antes do dono (ou seria o contrário?).
Mesmo assim, insisto em ser passageiro de mim.
Passei a não me considerar confiável para nutrir seres dentro de meu habitat particular, o clima dentro dele sempre enlouquece, sou um Desconstrutor Climatológico Compulsivo (DCC). Meu peito é sem jeito. Os seres saem, saem assim sem prazer, sem pra que, tanto faz.
Mas às vezes me creio, creio em minha voz a me dizer para ser perfeito até onde der, enquanto der, e por quem der. E quando alguém cai em mim, e eu me amedronto com a possibilidade de não sobrevivência, de tempestades subtropicais destruindo sólidas ou frágeis estruturas construídas as pressas, é quando tenho que escolher novos rumos para as coisas, novos refúgios para mim mesmo.
E tem mais, tem muito mais, acho que já passei do tempo para isso. Meu mundo particular envelheceu antes da hora, não que me ache velho, mas parece que o espelho anda ficando velho. Enquanto eu caminho na direção do tempo, o espelho corre, leva o velocímetro ao limite e eu o observo. Olhar meu espelho é como olhar alguém que envelheceu antes do tempo. O espelho envelheceu antes do dono (ou seria o contrário?).
3 comentários:
adorei as trips q vc deu ai viu... acompanharei seu blog... o meu voltou das cinzas, se eh que um dia ele existiu
eh rafa do mutare viu =D
bjs gato
Pensei lhe ver no sarau, que aliás foi bem legal, mas vejo vc aqui bem mais presente e revelado. texto bonito e perturbador (o que é ótimo!)
"creio em minha voz a me dizer para ser perfeito até onde der, enquanto der, e por quem der. "
perfeito. =D
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