E acho que ninguém entende dele. E quando alguém puder ver que há coisas muito maiores que o céu ficará cego, mas, mesmo cego, duvido muito que entenda dele.
Hoje talvez eu te escreva uma carta de amor, amanhã, quem sabe, o dia nasça com sabor de figo (alguém ai já provou figo?) e depois de amanhã, talvez, uma frase ou três, não entendo.
Eu não entendo como num dia ele parece com a chuva que lava a calçada da casa e no outro o brilho solar que enxuga, mas ainda assim deixa frio.
Não entendo seu peso, nem sua leveza, não entendo que não tenha preço, imune a qualquer tipo de avareza, mas ainda se deixa matar se cobrada qualquer dívida, mas não há certeza.
E como o amor, mesmo quando platônico, deixa dúvida na certeza, deixa um inseguro ciúme, não se sabe nem se se pode sentir ciúme.
E como ele presta serviço militar sem doutrina, sem disciplina, sem ninguém para dizer como ele deve se arrumar quando for se apresentar aos superiores. Que superiores?
E como é que dele pode surgir tanto misticismo, tanto mito e, ao mesmo tempo, tanta verdade incontestável.
Como é que pode ser autofágico. Vejam: o amor é autofágico! Biológico e mágico!
O amor dá banho quente em dia de sol e depois esfria o dia para corrermos pra baixo de nosso lençol.
Não entendo como o amor dá branco na memória que nunca chegou a ser fato passado, nem como ele faz caminho sozinho, sem motivo.
Não entendo como o amor nasce, não entendo como o amor nunca esquece, não entendo como o amor cresce.
Não entendo como o amor não nasce, não entendo como o amor esquece, não entendo como o amor não cresce.
Não entendo como o amor pode ser tão amoral, tão atemporal, como ele pode correr por vias de cetim sem rasgá-las.
Nem como ele chega despercebido como um uma pluma, mesmo sendo o próprio pássaro ou como ele pousa macio, mesmo quando é tão denso.
Ou como ele se ergue por dentro sem desmoronar por fora, como traz esperança, como traz lembrança.
Ou como ele deixa entrar só quando há a possibilidade de se expulsar.
Eu não entendo do amor e não me ariscarei a defini-lo. Espero, paciente, e na lentidão que só ele entende, que ele me defina.
Seja por experiência, erro, acerto ou desacerto.
Não defino o amor. Espero que o amor me defina.
Hoje talvez eu te escreva uma carta de amor, amanhã, quem sabe, o dia nasça com sabor de figo (alguém ai já provou figo?) e depois de amanhã, talvez, uma frase ou três, não entendo.
Eu não entendo como num dia ele parece com a chuva que lava a calçada da casa e no outro o brilho solar que enxuga, mas ainda assim deixa frio.
Não entendo seu peso, nem sua leveza, não entendo que não tenha preço, imune a qualquer tipo de avareza, mas ainda se deixa matar se cobrada qualquer dívida, mas não há certeza.
E como o amor, mesmo quando platônico, deixa dúvida na certeza, deixa um inseguro ciúme, não se sabe nem se se pode sentir ciúme.
E como ele presta serviço militar sem doutrina, sem disciplina, sem ninguém para dizer como ele deve se arrumar quando for se apresentar aos superiores. Que superiores?
E como é que dele pode surgir tanto misticismo, tanto mito e, ao mesmo tempo, tanta verdade incontestável.
Como é que pode ser autofágico. Vejam: o amor é autofágico! Biológico e mágico!
O amor dá banho quente em dia de sol e depois esfria o dia para corrermos pra baixo de nosso lençol.
Não entendo como o amor dá branco na memória que nunca chegou a ser fato passado, nem como ele faz caminho sozinho, sem motivo.
Não entendo como o amor nasce, não entendo como o amor nunca esquece, não entendo como o amor cresce.
Não entendo como o amor não nasce, não entendo como o amor esquece, não entendo como o amor não cresce.
Não entendo como o amor pode ser tão amoral, tão atemporal, como ele pode correr por vias de cetim sem rasgá-las.
Nem como ele chega despercebido como um uma pluma, mesmo sendo o próprio pássaro ou como ele pousa macio, mesmo quando é tão denso.
Ou como ele se ergue por dentro sem desmoronar por fora, como traz esperança, como traz lembrança.
Ou como ele deixa entrar só quando há a possibilidade de se expulsar.
Eu não entendo do amor e não me ariscarei a defini-lo. Espero, paciente, e na lentidão que só ele entende, que ele me defina.
Seja por experiência, erro, acerto ou desacerto.
Não defino o amor. Espero que o amor me defina.