quinta-feira, 19 de junho de 2008

Morte

Morte a todas as coisas grandes de mais, morte a tudo que não cabe no coração. Morte a morte, mas sim a morte em vida, sim a morte natural, não a eutanásia de todos os dias, parem de se matar, mortais, parem de morrer, viver antes disso deve ser melhor.

Morte a todas as coisas grandes de mais! Morte as coisas sem razão, morte as coisas sem emoção, morte a saudade colossal, tirana, continental, matem as pobrezas de espírito e também as distancias... O que elas fazem aqui?

Morte a todas as coisas grandes de mais. Morte as dores colossais, as tristezas gigantescas e as preocupações que de tão grandes são tão bestas. Mas morte apenas ao que não cabe no coração.

Viva as coisas tão perto que não se pode tocar, viva as pequenas coisas, os clipes de papel, as palhetas de violão, os lápis apontados até o final, viva a vida vivo.




Em tempo: tem quem seja tão grande que cabe em qualquer lugar. Inclusive no menor dos corações (pobres dos que não entendem a grandeza das coisas vivas)...