A memória é um
saco de pancadas
Às vezes, se
afrouxando no teto
De certo que a
levaremos a nocaute
Com todas as vidas
com as quais nela batermos
A memória nos deixa
assombrá-la
E nos assombra em
cada esquina
As quinas da mesa se
desgastam, jovens
De tanto que nelas
topamos com os joelhos enfermos
O esquecimento é a
benção dos velhos
Podem dormir
tranquilos
Os termos assinados
foram todos rasgados
No mundo esquisito
abaixo dos cílios.