sábado, 4 de junho de 2016

Cílios

A memória é um saco de pancadas
Às vezes, se afrouxando no teto
De certo que a levaremos a nocaute
Com todas as vidas com as quais nela batermos

A memória nos deixa assombrá-la
E nos assombra em cada esquina
As quinas da mesa se desgastam, jovens
De tanto que nelas topamos com os joelhos enfermos

O esquecimento é a benção dos velhos
Podem dormir tranquilos
Os termos assinados foram todos rasgados


No mundo esquisito abaixo dos cílios.