Só tinha medo da
mulher dos olhos de céu,
Do cabelo de barro,
só tinha medo do escarcéu
Que ela era capaz de
causar, com o simples desejo
Só tinha medo de
receber seu desprezo
E no desassossego da
solidão da estrada,
Parente tão próxima
do tempo de vida rasgada,
Caminhava,
irresoluto, com a desesperança no peito
E com a saudade como
único leito
Ele deveria ter
percebido, tão antes, que seu amor
Era a maior das
armadilhas já armadas
Num canto
desprezível de seu coração