quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Guardo quinquilharias
No guarda-roupas da alma
Quando eu for nu de corpo
e vestir só ela
reivindicarei toda a minha calma

Poeminha triste de fim de verão

Verão
Vereis
Verás

Verão que meu peito dói
mas só quando respiro
Querendo ou não
meu ar sairá sempre como um tiro

Verão as veias da dor
mas só quando sangro
já vai dar seis, vereis
acho que preciso de um doutor

Verão meu sangue flutuando
nos céus todo corroído
Tu sairás e verás
o breu do que se tornou meu eu

Verão variadas voltas vagueando vívidas
Vinda vida, veja vida, viva vida.

verão, vereis, verás...