quarta-feira, 12 de setembro de 2012


Tomei posse de teus olhos
plantas baixas que sou
passou um céu inteiro
enquanto as árvores do canteiro
cantavam a forma indizível das nuvens


abre-se os olhos, contam-se os anos
pra que morrer de frio
quando a vida aquece?
esquece o que passou

o velho se foi, fechou as contas
dos dedos, morreu de luz
deixou seu desejo na esquina
e abandonou o mau hábito

de correr atrás do mundo feito quem
não tem rumo, nem caminho
andar sozinho, mas o amor
quer ser a cor do seu olhar

transborda de amor
pra que todos possam ver
que o sol não se pôs
que um tempo depois da chuva
vamos nos ver

que o teu amor em mim seja
mais do que real (me move)
o tempo não importa se o teu
olhar conforta, deixa-me ser teu

transborda de amor
pra que todos possam ver
que o sol não se pôs
que um tempo depois da chuva
vamos nos ver

transborada de amor
pra que possa o teu querer
em mim se fazer
e eu vá sempre ser
instrumento do teu amor