terça-feira, 20 de novembro de 2007

Perto

Eu queria consertar minhas asas quebradas pra poder voar novamente pelo céu da noite escura enquanto ninguém me vê, os únicos problemas são os olhares pelas janelas dos aviões e os vizinhos xeretas.

Dos primeiros eu posso me esconder enquanto eles lêem, confortáveis, as revistas entediantes de avião.

Mas os vizinhos...

Esses querem te puxar pelos pés enquanto você flutua para o céu, xeretas, na verdade invejosos, esses querem toda sua felicidade.

Há dois caminhos para se voar.

Não saber o que é voar.

Ou saber que se voa toda vida que se tenta voar.

A felicidade está na eterna busca pela felicidade.

As estrelas seriam tão belas se não fosse a utópica distancia que nos separa?

Prefiro meu pequeno coração alado, onde cabem tantas estrelas, e o sorriso iluminado de cada uma, a poder tocá-las, pois aqui elas estarão tão perto que a mão não pode alcançar.