Não acredite que meu amor durará para sempre, que terás sempre em mim essa força de aço inoxidável jazido em cima da mesa de jantar como o perene anuncio de quem ainda está por vir, não acredite nos meus sentimentos sonhadores, porque até meu amor sonha, perdoe-o por se achar tão verdadeiro, não acredite em nada que eles dizem, não acredite nessa verdade enlouquecida, acredite apenas que meu coração não se encontra são e essas palavras são só bobagens, aquele falatório dos loucos varridos às paredes.
Não acredite em uma só palavra amorosamente contida que pronuncio, a própria pronuncia já não importa, não acredite que essas flores são flores de amaranto. Não acredite em meus bons sonhos, creia apenas que eles são divagações insanas que a insônia toma. Não acredite na vagarosidade de meu esquecimento, acredite que ele é como o vento, que minha memória tem vencimento, prazo de validade, estoura muito antes da meia noite como uma desvairada Cinderela.
Não acredite nem mesmo na minha insônia, se sonho, como posso tê-la? Vê como são inconsistentes esses meus falatórios?
Não acredite quando meus olhos se abrem, eles foram desmatados.
Não acredite e estarás profundamente errada...
Um comentário:
snif, q lindo.
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