quinta-feira, 3 de junho de 2010

Vento

Parei lá de cima
Para ver o vento passar
Ele me levou e me deixou rodopiar
Em seus braços sem pecados
Em seus uivos nunca calados

Parei e senti seus dedos em meu rosto
Suas labaredas que me provavam
Queriam saber meu gosto
O vento dos muitos que andavam
Antes de mim que estiveram aqui
Sentindo-o passar

Por fim, corri com o vento
Deixei que suas rédeas me agarrassem
Guiassem minha marcha
E de vendaval em borracha
Do passado em nada

Corri com o vento furioso
Logo eu que era manso, idoso

Corri como o vento ligeiro
Ao vento me entregando por inteiro

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