Parei lá de cima
Para ver o vento passar
Ele me levou e me deixou rodopiar
Em seus braços sem pecados
Em seus uivos nunca calados
Parei e senti seus dedos em meu rosto
Suas labaredas que me provavam
Queriam saber meu gosto
O vento dos muitos que andavam
Antes de mim que estiveram aqui
Sentindo-o passar
Por fim, corri com o vento
Deixei que suas rédeas me agarrassem
Guiassem minha marcha
E de vendaval em borracha
Do passado em nada
Corri com o vento furioso
Logo eu que era manso, idoso
Corri como o vento ligeiro
Ao vento me entregando por inteiro
Igreja, lugar de cuidado
Há 20 horas
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