segunda-feira, 13 de abril de 2009

Hibernado

Eu tenho um amor hibernado...
Eu tenho um amor hibernado, e esquecido em sua hibernação. Ele é tão calado, tão alheio as coisas da vida e as coisas vivas, que chego a acreditar que esteja morto, há tantas peças no laboratório de anatomia com mais vida nos globos oculares do que ele.
Tão morto e ao mesmo tempo tão vivo, tão acordado e ao mesmo tempo tão hibernado. Eu sei que esses paradoxos são coisa dele, já diriam poesias de outrora, mas agora só sinto seus roncos sonoros.
Esse tal amor hibernado me dá tantas histórias para contar, tantos contos onde eu posso, e por poder recito tantas poesias. Esse tal me enraivece, ele nem ao menos tem recordações para reviver no pensamento.
Preciso perguntar a ele, quando finalmente conseguir despertá-lo, em que verdade ele se espelhou para ser tão tímido. Que timidez é essa para quem já tem endereços certeiros e lugares exatos, caminhos certos? Seriam?
Esse tempo passa tão devagar. E esse inverno que não passa? Esse tal continua sua hibernação alheia a necessidade de sua calada caverna. Só espero que não morra dormindo.
Eu tenho um amor hibernado. E esquecido em sua hibernação. Eu tenho um peito ocupado. E cansado em sua ocupação. Tum Tum Tum.

2 comentários:

Angélica Paula disse...

oO

Hibernado? Esquecido em sua hibernação?

Deixe só chegar o Sanduíche.

=P

Srta. Pinheiro disse...

=)

vc tem um amor urso?