quinta-feira, 15 de maio de 2008

Depois

Das coisas mais importantes que se pode fazer o que importa é realmente fazer alguma coisa. O significado de deixar as coisas para depois é adiar o que se pode fazer agora e correr o risco de nunca mais fazer nada. E as pessoas costumam aprender isso do modo mais difícil.

Mas não é bem sobre esse depois que eu queria falar hoje. Hoje eu queria falar sobre o depois da certeza, o depois que diz que ainda vai voltar, “te cheiro depois”, “até depois” esse é o bom “depois” que se opõe aquele outro da preguiça.

Depois de tanto tempo, depois de mudar tantos ares, depois de tantos amares, depois de tanto o coração ficar corado, a gente tem certeza que nunca mais vai se perder por tantas vias arteriais e avenidas, a gente sabe que depois, depois vai sempre encontrar nosso lugar.

A gente encontra nosso depois certo na leveza delicada de mão dadas e nunca nas suposições mal arrumadas que às vezes insistimos em formular. O depois certo onde o silêncio é só uma confortável parada para tomar ar (e, às vezes, para perder ar...) e não trégua de alguma disputa sem sentido.

Nós não somos senhores de nossas suposições, muito menos de nossas certezas incertas.

Incertas mas nunca vazias e aí está a beleza do “depois”, ao menos temos a segurança que esse depois de algum modo é desejado e mostra que pelo menos alguém gostaria de ver o depois e que ele seja como se desejou...

3 comentários:

Srta. Pinheiro disse...

Depois dessa, eu fico calada.

;)

Josie Pontes disse...

depois eu te digo que vc é um escritor maravilhoso, depoir eu te digo também, que eu admiro a forma como você usa as palavras dessa forma tão poética!

xero, até depois!

Everton. disse...

depois eu digo pessoalmente q esse texto é paw demais! =D